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Braga celebra 20 anos do Concurso Municipal de Fotografia com nova exposição

A mostra está patente na Fonte do Ídolo e reúne imagens premiadas que contam a história da cidade ao longo de duas décadas.

Antes de se tornar arte, a fotografia chegou a ser considerada uma espécie de magia. No século XIX, quando as primeiras imagens se começaram a fixar em chapas metálicas e papel sensível à luz, o mundo descobriu uma nova forma de eternizar o tempo. Desde então, a fotografia transformou-se num espelho das cidades, das pessoas e das suas emoções — e Braga não ficou de fora dessa história.

Inspirado nesta premissa, a autarquia criou Concurso Municipal de Fotografia há 20 anos. A competição desafia os cidadãos a captarem o património, as tradições e a alma da cidade através de uma lente. A ideia é simples: mostrar Braga pelos olhos de quem nela vive. Com o tempo, o concurso cresceu, formou talentos e construiu um verdadeiro arquivo visual da cidade.

Entre as muitas edições, houve momentos que ficaram para a história — como em 2016, quando uma jovem fotógrafa amadora conquistou o primeiro prémio com uma imagem captada durante as Festas de São João, em que a luz das fogueiras se confundia com o brilho dos balões no céu. A fotografia correu as redes sociais e tornou-se um símbolo do espírito bracarense: festa, tradição e comunidade.

Agora, para assinalar o 20.º aniversário do Concurso Municipal de Fotografia, o Município inaugurou uma exposição comemorativa na Fonte do Ídolo, onde estão reunidos os trabalhos vencedores das primeiras vinte edições. A mostra foi inaugurada no dia 16 de outubro e ficará patente durante duas semanas, convidando os visitantes a fazer uma viagem pelas várias fases da cidade — das ruas antigas às celebrações contemporâneas, passando pelos rostos e espaços que definem Braga.

Ao longo de duas décadas, o concurso tem sido um retrato vivo da cidade. As imagens vencedoras documentam as principais transformações urbanas e culturais do concelho, desde a Braga Romana até à Capital Europeia da Juventude, passando pela Noite Branca às Festas de São João e outros eventos que moldam a identidade local.

Durante a inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, destacou a importância da iniciativa. “Este concurso é, acima de tudo, um veículo de divulgação da própria cidade de Braga. Através da fotografia, desafiamos os bracarenses a olhar a sua cidade com uma nova perspetiva e a descobrir dimensões do quotidiano que muitas vezes nos passam despercebidas”, afirmou o autarca.

O número de participantes e a qualidade dos trabalhos apresentados tem sido constante ao longo dos anos, revelando não apenas a paixão dos fotógrafos locais, mas também o olhar atento de quem vive a cidade todos os dias. “É fundamental dar continuidade a este projeto e preservar a memória de cada edição. Esse desígnio pode ser alcançado através de exposições como esta e de publicações que mantenham viva a história e o olhar dos nossos fotógrafos sobre Braga”, acrescentou o autarca.

A escolha da Fonte do Ídolo como palco da exposição reforça a ligação entre o passado e o presente. O espaço, um dos mais emblemáticos da cidade, é um ponto de encontro entre história e modernidade — cenário perfeito para revisitar as duas décadas de um concurso que se tornou património cultural.

Mais do que um registo visual, a mostra é um tributo ao olhar coletivo que, ano após ano, captura a essência do Município de Braga. 

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