Como um reconhecimento do seu trabalho cultural, Braga promove este ano o prestigiado título de Capital Portuguesa da Cultura. Ao longo destes primeiros cinco meses do ano, a cidade tem sido o epicentro da celebração artística e nacional, e apesar da agenda cultural ter estado preenchida semana após semana, ainda há muito para ver.
É nesse sentido que o dstgroup, com experiência em setores como ambiente, energias renováveis, telecomunicações e outras áreas, promove um festival que quer celebrar a literatura e a sua relação com outras artes. O grupo é um mecenas cultural por excelência, sendo que o apoio à cultura e a arte são indissociáveis dos valores da empresa. Para comemorar os 30 anos do seu prémio literário, o grupo promove o festival 30 horas 30 Grandes Prémios da Literatura dst.
O evento decorre durante 30 horas consecutivas, arrancando pelas 18 horas de 27 de junho, sexta-feira, e encerra à meia-noite de 29. Para celebrar 30 anos de literatura há 30 horas de programação ininterrupta que percorrerá vários locais da cidade, com iniciativas diversificadas e nomes de referência na cena cultural nacional.
“O festival é a expressão viva do espírito do prémio — um encontro entre a literatura e outras artes, numa homenagem à palavra e aos seus criadores —. São 30 anos a reconhecer autores e a fomentar o diálogo cultural que, este ano, se pretende expressar através de diferentes disciplinas artísticas, unindo a cultura à cidade e às pessoas”, começa por explicar José Teixeira, presidente do dstgroup.
E acrescenta: “É objetivo da organização que esta edição comemorativa do Grande Prémio de Literatura dst seja um testemunho do valor da palavra e da força das artes, para compreender a forma de construção de um mundo mais justo, usando a literatura como ferramenta de descoberta, de trilho, de desbravamento de um caminho iluminado pelos escritores”, sublinha.
Desde exposições e performances artísticas, declamações de poesia, oficinas de escrita, ilustração, cerâmica e tecelagem, meditação, reading e sleeping parties, concertos, clubes de leitura até festas com DJ, são algumas das propostas. Através deste festival, o dstgroup quer facilitar um encontro com diversas expressões artísticas.
O evento arranca com a inauguração da exposição individual de Ana Vidigal “Dias de Verão” na zet gallery. Segue-se, pelas 23 horas, uma sessão de poesia pelas mãos do Sindicato da Poesia. O momento convida ainda para um café, no Café Chaves d’Ouro. 30 minutos mais tarde, na Ludoteca da Estufa acontece o “Club Sono” — o momento convida os participantes a dançarem deitados ao som de DJ sets ao vivo de Dawn Dani, Dudas, Alcrud3 e Diogo Mendes.
Pelas 8 horas de sábado, 28, a zet gallery recebe uma oficina de escrita e ilustração para famílias com o autor Afonso Cruz. Às 9 horas e depois às 14 horas, o Theatro Circo recebe a criação sonora “Braga, Cidade Aberta” da autoria de Cláudia Martinho, Daniel Jonas, Gustavo Costa e Raquel Castro. Concebido para ser experienciado como um percurso a pé, este projeto utiliza gravações binaurais, textos poéticos e composições sonoras construídas a partir da própria matéria do espaço urbano. Ao caminhar, o participante entra numa escuta hiper-realista, em que o ambiente parece responder aos seus movimentos, criando uma sobreposição entre a cidade real e a cidade imaginada.
Pelas 10 horas, a zet gallery recebe mais um momento, desta vez uma meditação imersiva guiada, que convida a viver a arta em exibição neste espaço bracarense de outra forma. O momento será mediado por Mário Rodrigues.
No mesmo horário, o Museu dos Biscainhos convida a artista têxtil, Mónica Faria, a mediar uma oficina performativa entre os participantes e de duas a quatro antigas trabalhadoras de uma empresa têxtil da região, que falarão das suas experiências e memórias, enquanto todos tecem uma peça coletiva.
Uma hora mais tarde, o Café A Brasileira recebe mais um momento do Sindicato da Poesia para arrancar a manhã de sábado com um café e uma sessão de leitura. A tempo da hora do almoço, o Museu Nogueira da Silva recebe a performance “Semiótica do Bacalhau” de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira. O momento vai adotar o formato de um programa televisivo de culinária, em que os participantes são convidados a descobrir e partilhar um dos mais tradicionais pratos portugueses, o Bacalhau à Brás, e sob a premissa de uma refeição preparada e confecionada coletivamente, os artistas discutem o bacalhau para analisar e desconstruir o imaginário português em torno deste peixe.
Às 14 e depois às 17 horas, a artista Ana Reis vai dirigir uma oficina de cerâmica no Atelier Cobalto, onde as pessoas poderão criar uma peça própria, bem como contribuir para a criação de uma peça coletiva. Pelas 15 horas, o Museu Dom Diogo de Sousa recebe uma festa nos seus jardins com DJ sets ao vivo que vai estender-se até à meia-noite.
No mesmo horário e até às 17 horas, o Café Vianna recebe uma reading party — um encontro de leitura, conversa e festa, em que poderá ler passagens de uma seleção de livros propostos pela organização do evento e conversar sobre eles, ao som da seleção do DJ Amadeu Clasen e com snacks e bebidas a acompanhar.
Entre as 14 e as 17 horas, a Livraria Centésima Página vai juntar um grupo de cinco artistas (três atores, uma bailarina e um músico) Maria Luísa da Conceição, Nuno Pacheco, Ricardo Pinho, Sabrina Rebelo, Vitor Castro, para criar uma instalação no jardim do espaço, baseado na experiência dos criativos, um poema, uma dança, uma música.
A partir das 17 horas, o Largo do Paço vai receber uma sessão de leitura acompanhado por um momento de performance com os bailarinos da Companhia Nacional de Bailado. Já as 20 horas, o Theatro Circo recebe a gala de entrega do Grande Prémio de Literatura dst. O prémio será entregue a Luísa Costa Gomes, pela obra “Visitar Amigos e outros contos”, seguido de um concerto de Mayra Andrade.
Pode consultar o programa na íntegra online, onde também poderá reservar o seu lugar para participar nas diversas atividades, que apesar de gratuitas, requerem inscrição prévia.
