LET'S ROCKEm Braga, 2025 tem sido um ano de celebração da sua história através do programa IDENTI(CIDADE), uma iniciativa do Município que integra a programação da Capital Portuguesa da Cultura. Ao longo do último mês, várias atividades têm convidado os bracarenses e visitantes a refletir sobre a memória coletiva e a ligação da cidade ao mundo. Concertos, debates, encontros e exposições têm ajudado a sublinhar um traço essencial de Braga: a sua capacidade de projetar-se além-fronteiras, sem nunca esquecer as raízes.
A exposição temporária “Braga do Outro Lado do Mar”, instalada no Museu Pio XII, surge precisamente nesse contexto. A mostra convida a descobrir os laços históricos, culturais e artísticos entre Braga e Ouro Preto, em Minas Gerais (Brasil), revelando uma herança comum que se foi construindo ao longo de séculos.
O projeto resulta de um memorando de entendimento assinado em 2021 entre as duas cidades e previa a realização de duas exposições conjuntas: “Braga do Outro Lado do Mar” e “A Sagração dos Mestres — Braga e Congonhas: Montes da Fé, Santuários da Arte”. Agora reunidas e reformuladas, dão corpo a uma iniciativa que vai muito além da simples exibição de peças, evidenciando a internacionalização cultural e a valorização dos laços transatlânticos.
Os santuários do Bom Jesus do Monte, em Braga, e do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, ambos classificados como Património Mundial da UNESCO, são dois dos exemplos destacados. A mostra sublinha também a importância do trabalho de André Soares, mestre do rococó bracarense, e de António Francisco Lisboa, conhecido como o Aleijadinho, figura maior da arte brasileira.
Com curadoria de Maria João Bustorff e Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, a exposição valoriza tanto o legado histórico como a criação artística contemporânea, propondo um diálogo entre passado e presente, mostrando como arquitetos e artífices de Braga, com a sua mestria e técnica, deixaram marcas profundas na arquitetura e no urbanismo de Minas Gerais.
“Esta iniciativa pretende sensibilizar públicos de todas as idades para um diálogo muito antigo e profícuo, entre duas regiões que o oceano Atlântico nunca conseguiu separar. Hoje, que tantos ‘do outro lado do mar’ procuram Braga como habitantes, turistas e estudantes, esta Exposição vem representar, sobretudo, um forte abraço fraternal. Indelével e imperdível!”, sublinha Maria João Bustorff.
A exposição pode ser visitada até 18 de outubro, de terça a sábado, das 10 horas às 12h30 e das 14 às 18 horas. A entrada é livre.
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