Abrir um “palco real” para a criatividade de alunos e professores fora da sala de aula é a grande missão da MAPEAR’25, uma mostra escolar de artes performativas que pretende promover a expressão artística nos mais novos nas áreas do teatro, da música e da dança. A meados de fevereiro, a Câmara Municipal de Braga revelou os 12 agrupamentos de escolas que, entre 29 de abril e 7 de maio, vão a apresentar um espetáculo final no Espaço Vita.
Esta seleção incluiu a atribuição de um apoio monetário de mil euros para as escolas participantes. Este apoio, atribuído também pela Câmara, estava destinado à produção de criações artísticas. O objetivo desta iniciativa é colocar os miúdos no centro da produção artística. Isto significa que ao longo de todo o processo, os alunos podem criar um espetáculo na sua totalidade, desde a sua conceição até à apresentação final.
“A MAPEAR quer celebrar a cultura escolar e promover a integração entre diferentes áreas do conhecimento. Esta imersão prática enriquece a aprendizagem e contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais como o trabalho em equipa, a comunicação e responsabilidade”, admite Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.
E acrescenta: “A diversidade dos trabalhos apresentados revela a riqueza da criatividade e expressão artística dos alunos. Mais do que um palco para a arte, a MAPEAR quer ser um palco para o futuro. Esta mostra investe na formação de cidadãos completos e preparados para os desafios do mundo”, defende.
Além da diversidade temática habitualmente vigente na mostra, esta edição converge com as celebrações Camonianas. Por isso, alguns espetáculos exploram a influência cultural e literária de um dos maiores poetas da língua portuguesa. A entrada é sempre gratuita.
O primeiro espetáculo é “Os Ativistas” do agrupamento de escolas de Carlos Amarante, marcado para 29 de abril, pelas 11h30. A peça conta a história de um grupo de jovens estudantes que invade o Parlamento e declara-se os novos governantes. No mesmo dias, pelas 16h30, é a vez de “Tempo”, do agrupamento de escolas Sá da Miranda, que acompanha a história de Maria Rita, uma rapariga que vem para Portugal fugida da guerra. A miúda confronta-se com diferenças culturais, linguísticas e com a alegria de sentir-se segura da guerra e a tristeza de estar longe da família.
No dia seguinte, 30 de abril, pelas 11h30, poderá ver “O Fio que Desvenda Tudo” do agrupamento de escolas de Real, um espetáculo construído a partir da obra “Ver Braga Por um Canudo e Por um Fio que Qesvenda Tudo” de José Barroco. Pelas 21 horas, é a vez de “Loading” do agrupamento de escolas Alberto Sampaio, que explora a dualidade entre as expectativas e a realidade.
A 2 de maio, pelas 21 horas, poderá assistir ao trabalho da Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, onde as “Bonequinhas de Ópera” todas as noites ganham vida para reencenar as mais famosas histórias de ópera. No dia seguinte, pelas 16h30, é a vez de “El Rei Seleuco” de Luíz Vaz de Camões do agrupamento de escolas D. Maria II, inspirado na obra do poeta português.
Ainda a 3 de maio, pelas 21 horas, poderá ver “Metamórphosis” do agrupamento de escolas de Maximinos, onde são apresentados processos performativos que se assumem como novas aprendizagens e domínios técnicos, de modo a educar e transformar através da arte. A 5 de maio, pelas 11h30, “Camões — A Voz Imortal de Portugal”, do agrupamento de escolas Trigal de Santa Maria, quer juntar cenas da vida pessoal do escritor, com poemas da obra “Os Lusíadas”.
No mesmo dia, pelas 21 horas, o Colégio Luso Internacional de Braga apresenta “CLIB Straight Revival”, um concerto com medleys, baladas e coreografias. A 6 de maio, pelas 11 horas, é a vez do agrupamento de escolas Dr. Francisco Sanches apresentar “O Juízo Final”, uma reinterpretação do “Auto da Barca” de Gil Vicente.
A mostra encerra a 7 de maio com dois espetáculos. Às 11h30 pode ver “A(braços) com o Mundo” do agrupamento de escolas de Celeirós, que se inspiram na obra “A Cruzada das Crianças” de Afonso Cruz. Já pelas 16h30, o agrupamento de escolas André Soares apresenta uma reinterpretação de “Leandro o Rei da Helíria” de Alice Vieira, e excertos de “Auto da Barca” de Gil Vicente.
Pode saber mais sobre os espetáculos online, através da página da Câmara Municipal de Braga.