Emagrecer, seja por questões estéticas ou de saúde, é o objetivo de muitas pessoas. Porém, para que esse objetivo seja atingido de uma forma saudável e eficaz, é preciso entender e respeitar o próprio processo de emagrecimento. Mas, afinal, como funciona? Na teoria, resume-se a um princípio básico: o gasto energético deve superar a ingestão calórica, isto é, queimar mais calorias do que as que consome.
Contudo, há inúmeros fatores que influenciam este processo, como a própria ingestão calórica e a prática de atividade física, bem como a hidratação, o descanso, outros fatores individuais e o acompanhamento ou não de um profissional. Ainda assim, entre promessas milagrosas, dietas restritivas e até a pressão social, é fácil sentir-se perdido.
Nesse sentido, a NiB falou com a nutricionista Inês Coutinho que desvendou alguns dos mitos e dificuldades associadas ao processo de emagrecimento e deixou algumas dicas para ultrapassá-las de forma sustentável. “O emagrecimento sustentável não se trata de encontrar a dieta perfeita, mas sim de construir hábitos que fazem sentido para cada pessoa e a sua rotina. Em vez de procurar atalhos, é necessário focar as nossas energias no que realmente faz diferença a longo prazo”, defende a profissional.
A mesma reforça que este processo não precisa ser solitário — e mesmo que não se sinta preparado para procurar uma orientação profissional, pedir apoio a um amigo ou familiar pode ajudá-lo a manter-se motivado.
Quais são os maiores mitos num processo de emagrecimento?
A busca por resultados imediatos pode levar à adoção de medidas drásticas e insustentáveis. A ideia de que “emagrecer rápido é melhor” pode levá-lo a adotar práticas como jejuns prolongados, dietas restritivas, entre outros métodos. É importante relembrar que o emagrecimento saudável e duradouro é um processo gradual e que envolve a mudança de regimes alimentares e de estilo de vida a longo prazo.
“A vontade de perder peso rapidamente leva muitas pessoas a seguir planos pouco realistas. Emagrecer é um processo gradual e, acima de tudo, individual. O ideal é focar-se em pequenas mudanças consistentes e celebrar cada progresso, em vez de esperar transformações drásticas num curto período de tempo”, justifica a especialista.
Em resumo, o emagrecimento depende de um conjunto de medidas individualizadas, que vão desde uma alimentação equilibrada, acompanhamento profissional por um nutricionista ou personal trainer e a atividade física regular. Acreditar que há “alimentos milagrosos” que o vão ajudar a “queimar” mais gordura ou que o cárdio é o único tipo de exercício eficaz para a perda de peso, são ideais muito restritivos e que podem ocasionar que o próprio organismo resista ao processo de emagrecimento.
Quais são as maiores dificuldades de quem quer emagrecer — e como superá-las?
Tal como explica a especialista, há inúmeros fatores que podem levar a uma perda de peso pouco ou nada saudável. Uma delas é a “fome emocional” ou compulsão alimentar. “Comer não é só uma necessidade física, mas também um conforto emocional. O stress, a ansiedade e até o tédio podem levar ao consumo excessivo de comida. Trabalhar o ‘mindful eating’, aprender a distinguir a fome física da emocional e encontrar outras formas de lidar com as emoções pode ser essencial”, afirma.
Outro desafio comum é a falta de organização e planeamento. As rotinas apressadas podem, muitas vezes, dificultar a escolha de refeições mais equilibradas, por exemplo. Não havendo um planeamento, é mais “fácil” optar por alternativas menos saudáveis. Neste caso, Inês aconselha ter uma lista de compras, preparar refeições com antecedência e garantir opções práticas em casa.
O excesso de regras e restrições, como proibir certos alimentos, pode levar a uma relação negativa com a comida e, muitas vezes, resultar em episódios de compulsão. “Em lugar de cortar radicalmente, é importante aprender a incluir tudo com equilíbrio. A flexibilidade alimentar ajuda a manter um plano alimentar a longo prazo”, explica.
Por outro lado, os resultados nem sempre acontecem com a rapidez que esperamos ou até desejamos e isso pode ser desmotivador. O segredo, segundo a especialista, está em ter objetivos claros, manter um registo dos progressos e lembrar o porquê de ter começado. Neste aspeto, surge uma outra dificuldade que é a falta de acompanhamento adequado.
“O apoio profissional e uma rede de suporte também fazem toda a diferença. Cada pessoa tem necessidades diferentes e nem todas as estratégias funcionam para todos. Ter um acompanhamento personalizado permite ajustar o processo conforme necessário, tornando a jornada mais eficaz e menos frustrante”, garante.
Por fim, a pressão social pode também influenciar. Eventos sociais, hábitos familiares e até comentários de outras pessoas podem dificultar a jornada. Aprender a impor limites, comunicar os objetivos e encontrar estratégias para lidar com estas situações ajuda a manter o foco, sem se isolar socialmente.
Se desejar dar os primeiros passos com o acompanhamento nutricional, saiba que Inês dispõe de três tipos de serviços. Por exemplo, uma consulta pontual (45€) permite conhecer a profissional e perceber se quer ser acompanhado por ela.
Quanto aos acompanhamentos, existem dois disponíveis. Um de três meses, por 125€, e outro de seis meses, por 230€. O primeiro inclui uma consulta mensal, totalizando três, mais uma reunião final. O segundo são seis consultas mais a reunião final, inclui ainda um planner e dois ebooks feitos pela nutricionista.
Além das consultas mensais, ambos os planos incluem acompanhamento semanal que permite a revisão de diversas vertentes para a profissional perceber como está a correr o plano alimentar e se é preciso fazer algum ajuste. Nestas reuniões são abordados temas como qualidade do sono, ingestão de água, prática de exercício físico, função do sistema intestinal, entre outros.
De referir que, se realizar a consulta pontual e, no fim, decidir avançar com algum plano de acompanhamento, os 45€ da consulta são descontados e apenas terá de pagar o excedente do valor do plano.
Pode consultar mais informações nas redes sociais da profissional. Carregue na galeria para conhecer mais cinco dicas que Inês propõe para tornar as resoluções de Ano Novo em objetivos reais.