Existem diversas formas de proteger as nossas florestas. No caso de Braga, há um projeto piloto diferenciador lançado pelo município, que pretende alterar a paisagem florestal e aumentar a resiliência do território aos incêndios. Assim, na passada quinta-feira, 23 de janeiro, iniciou-se o processo de reflorestação da encosta da Falperra com espécies autóctones.
O projeto visa a plantação de, pelo menos, dez mil árvores. “Esta plantação deverá estar pronta entre este e o próximo ano, cobrindo os 25 hectares da Faixa de Gestão de Combustível (FGC) ao longo de aproximadamente 20 quilómetros de rede viária. Nesta primeira fase, estão a ser plantadas cerca de dois mil árvores em dois hectares”, começa por explicar o vereador do Ambiente, Altino Bessa.
Neste sentido, este projeto possibilita a reconversão do coberto florestal com espécies autóctones, substituindo assim o eucaliptal não gerido com vista à promoção da biodiversidade e à valorização da paisagem, contribuindo ainda para a adaptação às alterações climáticas.
“O município tem desenvolvido diversos estudos e medidas para aumentar a resiliência do território face aos incêndios florestais. Sendo esta uma área de elevado valor natural e um dos espaços mais visitados da região de Braga, este projeto reforça os esforços de preservação do seu valor ambiental e cultural, proporcionando uma experiência segura aos visitantes”, sublinha o vereador, admitindo que com este projeto vai ser criado um corredor de 20 metros de largura.

A autarquia garante que irá “disponibilizar e oferecer árvores de espécies autóctones para substituição de eucaliptos” sempre que for possível replicar o conceito deste projeto. Da mesma forma, haverá acompanhamento técnico necessário em todos os terrenos florestais privados que queiram associar-se ao projeto.
A intervenção do município, além do aumento da resiliência, vai reduzir os custos com a manutenção das FGC através da criação de um coberto vegetal que promove mais sombras e desacelera o crescimento de arbustos. Serão ainda criados mosaicos florestais que permitam a descontinuidade e alteração no comportamento do fogo, criando zonas de oportunidade de combate.
Este projeto resulta da colaboração entre a Câmara Municipal de Braga, a Irmandade de Santa Maria Madalena do Monte e a Congregação do Espírito Santo, fortalecendo o “compromisso das instituições com a proteção do património natural e cultural da região”.
Carregue na galeria para conhecer os pontos de interesse deste trilho que o leva a conhecer o lado mais verde e tranquilo de Braga.