Muitos temos o sonho de estudar ou trabalhar numa cidade diferente daquela que nos viu nascer e crescer. É nesse sentido que surgiu em 2021 o programa Erasmus+, uma iniciativa europeia para a educação e formação que se vai prolongar até 2027. O objetivo é “potenciar o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os participantes, para reforçar a identidade europeia, o crescimento sustentável, a coesão social e a empregabilidade das pessoas”.
O programa não se destina apenas a estudantes e professores, mas está aberto a todas as pessoas e organizações ligadas as áreas de educação, formação, juventude e desporto, e a todos os públicos nos campos da educação e formação, formais ou não. Oferece assim a milhões de europeus a oportunidade de estudar, estagiar, ter formação e ganhar experiência no exterior.
No caso da cidade de Braga, o programa apoiou desde o seu lançamento e até ao ano passado, quase 2.500 mobilidades de estudantes e professores das escolas do concelho, representando um investimento direto superior a quatro milhões de euros. Foi nesse sentido que a Câmara Municipal de Braga, em parceria com a Agência Nacional Erasmus+, promoveu no passado 10 de março, uma sessão de informação e capacitação sobre este programa europeu, reforçando o seu compromisso com a internacionalização e qualificação das escolas bracarenses.
A iniciativa iniciou com a receção, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, de um grupo de alunos e professores espanhóis, acompanhados pela respetiva diretora, juntamente com alunos, professores e o diretor do Agrupamento de Escolas da Maximinos. As boas-vindas estiveram a cargo da vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, e da diretora da Agência Nacional Erasmus+, Cristina Perdigão.
Seguiu-se uma sessão de capacitação, realizada no auditório da Escola Secundária Carlos Amarante, que contou com a participação de cerca de 40 professores e profissionais das escolas públicas e profissionais de Braga. “Esta foi uma oportunidade importante para chegarmos cada vez a mais escolas, mais alunos e mais professores, promovendo um programa que seja verdadeiramente para todos”, afirmou Cristina Perdigão, responsável pelo programa.
Por sua vez, Carla Sepúlveda, em representação da autarquia, destacou o “papel fundamental das escolas no apoio aos alunos e professores na construção de candidaturas, aproximando as oportunidades da comunidade escolar e promovendo o enriquecimento dos seus projetos educativos ao serviço da integração, das experiências internacionais diferenciadoras, da paz e da construção do projeto europeu”.
Esta sessão de capacitação deu ainda lugar a um momento de esclarecimentos, onde foram apresentadas as oportunidades do Erasmus+ para alunos, docentes e diretores de escolas. Os professores tiveram ainda a oportunidade de conhecer mais sobre o Europass e as suas valências, numa sessão conduzida por Sandra Borges, responsável pelo Centro Nacional Europass.
Na mesma semana, mas na sexta-feira, 14, a responsável pelo PNAES (Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior) visitou as obras que decorrem na antiga Fábrica Confiança, que está a ser recuperada e que até 2026 deverá ser transformada numa residência estudantil.

Ana Pinho destacou a importância deste investimento para “melhorar as condições de vida dos estudantes do ensino superior e aumentar a acessibilidade ao alojamento a custos controlados. Esta nova infraestrutura será um contributo fundamental para a inclusão e equidade no acesso à educação”, afirmou.
A antiga fábrica de sabonetes deverá ter um museu e uma loja de produtos da Fábrica Confiança. Este projeto, que vem responder à escassez de alojamento estudantil, contará com 786 camas e implicará um investimento de 25,5 milhões de euros. Com uma área de construção aproximada de 15 mil metros quadrados, a residência incluirá quartos duplos, individuais e triplos, além de salas de estudo, cozinhas e espaços para refeições e convívio. A previsão é que esteja pronta no primeiro trimestre de 2026.
Inaugurada em 1921, a fábrica Confiança produziu perfumes e sabonetes até 2005, tendo sido adquirida pela Câmara Municipal de Braga em 2012. Apesar de duas tentativas de venda em hasta pública, com um preço base de 3,6 milhões de euros, não surgiram interessados.
Pode consultar mais informações sobre o programa de Erasmus+ online.