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Esta capela de Braga vai assinalar 300 anos com festa rija e outras atividades gratuitas

A Capela de Nossa Senhora de Guadalupe convida os bracarenses a participarem nas celebrações que se estendem até ao próximo ano.
Há atividades para todos.

Braga é um dos destinos favoritos no segmento do turismo religioso, seja pelas suas celebrações ou pelo património edificado. Por ser uma das cidades cristãs mais antigas do mundo, possui um vasto património religioso, com igrejas a decorar o centro histórico à semelhança de outras capitais europeias, como Roma, em Itália. Apesar da Semana Santa ser a maior demonstração de fé do concelho, há outras programações igualmente imperdíveis.

Em 1725, a Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, inserida no coração de Braga, foi considerada sagrada. 300 anos depois, a Irmandade homónima propõe diversas atividades que se estendem até ao próximo ano. O programa comemorativo foi apresentado à imprensa na passada quinta-feira, 6 de março, com o objetivo de “homenagear todos os que fizeram parte desta jornada tricentenária e estreitar relações, com uma maior abertura à comunidade envolvente”.

“Vamos dinamizar a capela e o parque de Nossa Senhora de Guadalupe. Temos vindo a explorar o parque de uma forma mais aberta e é isso que nós precisamos, que as pessoas nos procurem também e que seja hoje um lançamento para uma abertura à comunidade. As pessoas que nos procurem e que nos visitem sem nunca perdermos a consciência que Guadalupe tem um ADN que vamos preservar”, afirmou Flávia Silva, juiz presidente da Irmandade.

O programa religioso tem início este fim de semana de 15 a 16 de março, com o Lausperene Quaresmal. No domingo seguinte, 23, pelas 11 horas, é celebrada a Eucaristia comemorativa dos 300 anos da capela, presidida pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes.

A capela.

Há ainda um programa cultural, o mais extenso até agora, que se prolonga até março de 2026, e que arranca na sexta-feira, 21 de março, pelas 21 horas, com o concerto de abertura das celebrações pela Intersecção — Associação de Artes. No sábado, 22, pelas 10 horas, tem lugar uma visita guiada interpretativa do Bairro do Reduto e da capela de Guadalupe pela Braga Mais e a JovemCoop.

Avançando até abril, no dia 10, é feito o “Botar das Almas”, seguindo-se de 13 a 18 do mesmo mês a abertura da capela às pessoas, com a exposição do Aparato da Senhora da Piedade, estando as visitas guiadas a cargo dos formandos da Profitecla. No sábado, 3 de maio, está agendado o Sarau Dia da Mãe e a 7 de junho um passeio-convívio aos lugares de devoção à Senhora de Guadalupe no Entre-Douro-e-Minho.

A 28 de junho vai ser inaugurada na Junta de Freguesia de São Victor a exposição “300 anos de história (e estórias)”, realizando-se no dia seguinte um piquenique familiar. No regresso das férias de verão, em setembro, vai ser promovido o Ciclo de Memórias de Braga, que inclui uma homenagem ao padre António Manuel Sousa Fernandes, que morreu em 2019.

Para o dia 1 de outubro está marcado o concerto para assinalar o Dia Mundial da Música, com os Cupio Musicorum. O programa estende-se até 16 de novembro com a apresentação da monografia sobre a capela da autoria de Rui Ferreira, também curador do programa e que investiga as semelhanças entre a Nossa Senhora de Guadalupe de Braga e México. A 23 de dezembro terá lugar o concerto de Natal e, em janeiro de 2026, a Irmandade realizará no dia 13 uma homenagem ao Cónego Manuel Tinoco, falecido no passado dia 22 de fevereiro. 

A 2 de fevereiro é retomada a tradição de celebrar a Nossa Senhora da Luz segundo o Rito Bracarense. As comemorações encerram em março de 2026, ficando o desafio para os familiares de antigos membros da Irmandade entrarem em contacto com a atual direção para que possam ser homenageados. Ao longo deste programa está ainda previsto um concurso de fotografia por José Machado dos Sinos da Sé, a criação do hino dos 300 anos, sendo que também será preparada uma cápsula do tempo.

A programação para a Semana Santa de Braga também já foi divulgada. Pode saber mais neste artigo da NiB. Carregue na galeria para conhecer cinco trilhos que o levam pelo lado mais verde (e sereno de Braga). Alguns passam por igrejas do concelho.

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