Em Braga, a comunidade LGBTQIAPN+ continua a afirmar-se num contexto de avanços e desafios sociais, culturais e legais. Apesar das suas tradições, a cidade tem assistido a um aumento significativo de iniciativas e movimentos organizados, que promovem a diversidade e combatem a discriminação, refletindo um compromisso crescente com a inclusão.
É neste contexto que se realiza a Marcha pelos Direitos LGBTQIAPN+ de Braga, organizada pelo coletivo Braga Fora do Armário desde 2012. A 13.ª edição terá lugar no sábado, 5 de julho, sob o lema “Do Armário para a Rua, a Revolução é Tua!”. O encontro está marcado para as 15 horas, no Parque da Ponte, de onde partirá o desfile, rumo à Avenida da Liberdade, até ao local onde será lido o manifesto da causa.
A marcha contará com diversas intervenções artísticas, entre as quais uma homenagem a António Variações, ícone cultural do distrito de Braga, interpretada pelo artista Hélder Hugo Matos. Esta homenagem pretende valorizar a importância da representatividade queer na cultura portuguesa.
A programação prolonga-se além do dia da marcha. O Braga Fora do Armário preparou um conjunto de atividades que antecedem o desfile principal, com momentos de reflexão, partilha e solidariedade.
“A marcha da comunidade LGBTQIAPN+ não é apenas uma manifestação; trata-se de uma celebração da identidade, da resistência e da esperança num futuro mais justo para todas as pessoas”, sublinha Teresa Amorim, da organização, acrescentando que “a revolução em prol dos direitos humanos, da igualdade e do respeito é uma batalha coletiva e diária”.
A 2 de julho, o Guria! Coffee Spot, recebe uma sessão de leitura e partilha de poesia queer, num ambiente acolhedor que incentiva a expressão individual e a conexão entre participantes. Na quinta-feira, 3, na sede da UMAR Braga, terá lugar uma roda de conversa informal intitulada “Ser Queer em Braga”, onde serão abordadas experiências pessoais, desafios e conquistas da vivência queer na cidade.
Já na sexta-feira, 4, o coletivo Braga Fora do Armário juntará forças com outras organizações numa vigília em defesa da paz na Palestina, repudiando a prática do pinkwashing — a instrumentalização da luta queer para justificar ações violentas naquele território — uma postura firmemente rejeitada pela comunidade local.
No dia da marcha, 5 de julho, as atividades começam pela manhã com uma oficina para a criação de cartazes que serão usados na marcha. Após a concentração e início do desfile, às 15 horas, a tarde termina com um piquenique colaborativo na Praça do Município, que incentiva práticas sustentáveis e a partilha de alimentos trazidos pelos participantes. A noite encerra com uma after party no Lustre, que irá contar com um concurso de drag queens, um momento de celebração e diversão.
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