O mais recente World Happiness Report (Relatório da Felicidade no Mundo), publicação que, tal como o nome indica, avalia o nível de felicidade em 146 países, foi divulgado esta quinta-feira, 20 de março, e revela alterações surpreendentes.
Portugal teve uma descida preocupantes. No ano passado, ocupava a 55.ª posição do ranking e, em 2025, encontra-se no 60.º lugar. Está atrás de destinos como Filipinas (57.º), Espanha (38.º), Brasil (36.º), Arábia Saudita (32.º), Estados Unidos (24.º) e Israel (8.º).
A lista tem em consideração seis aspetos diferentes: o PIB per capita, a expectativa de vida, o apoio social em alturas de maior fragilidade, o nível de corrupção e sentimento de confiança na sociedade, liberdade pessoal, e, por último, a generosidade da comunidade. A cada ano, as avaliações destes seis fatores têm por base os dados relativos aos três anos anteriores, neste caso entre 2022 e 2024.
Tal como tem acontecido nos últimos oito anos, a nação mais feliz do globo é a Finlândia. O pódio é fechado pela Dinamarca e pela Islândia. Suécia (4.º), Países Baixos (5.º), Costa Rica (6.º), Noruega (7.º), Israel (8.º), Luxemburgo (9.º) e México (10.º) fecham o top 10.
Apesar de algumas alterações que podem ser desapontantes, especialmente para os portugueses, o estudo afirma que “as pessoas são melhores do que pensamos”. “Perceber isso vai deixá-lo mais feliz, claro, mas também mudará a forma como vê as pessoas à sua volta”, disse John Helliwell, editor fundador do World Happiness Report.
“Assim, é mais provável que veja um desconhecido na rua como um amigo que ainda não conheceu, e não como alguém que representa uma ameaça”, acrescentou. O especialista, porém, acredita que ainda há “espaço para melhores” no que toca a acreditar que “fazemos parte de um grupo maior que cuida uns dos outros”. “Este é um fator importante para a felicidade, mas que muitos ainda não exploraram devidamente.”