Dois anos depois de dar a conhecer a Portugal o projeto que desenvolveu para a meia aldeia que comprou na zona de Castro Laboreiro, João Amorim trouxe boas notícias: o financiamento para transformar a região num turismo rural foi aprovado. A notícia foi avançada pelo criador de conteúdos esta terça-feira, 7 de outubro.
“Passo a passo vamos lá chegar”, escreveu numa publicação no Instagram. “Acho que só quem se mete numa coisa destas é que sabe realmente quão difícil é de fazer acontecer, mas não vamos desistir, no final, vai ser inacreditável”, partilhou.
As obras, porém, só vão começar depois do inverno devido às condições climatéricas, que podem interferir com a construção. “Agora estamos a entrar no inverno, não podemos começar a construir nesta zona de Portugal. Mas já faltou mais, mais tarde ou mais cedo estaremos prontos para vos receber”, partilhou o viajante de 33 anos.
Segundo contou à NiT numa entrevista passada, o objetivo é criar o turismo rural Fundo da Aldeia, que terá 12 habitações e capacidade para receber 50 hóspedes, na aldeia de Varziela. O projeto de arquitetura será assinado pelo gabinete Enark.
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A ideia de criar um turismo rural esteve sempre presente na vida de João. “O meu pai sempre disse que gostava de ter uma casa na Serra da Freita quando se reformasse. Já tinha alguma urgência e há muito tempo que andava à procura de um sítio para fazer assim algo mais pequeno, mas os herdeiros nunca queriam vender”, contou à NiT. Diziam-lhe que era impossível. Foi perdendo a esperança, mas não desistiu.
No verão de 2022, quando fez o Caminho de Santiago, decidiu fazer uma paragem em Castro Laboreiro. “Já trocava mensagens com um rapaz, o Paulo, que tinha ali uma empresa de turismo e tive um bom feeling. Quis conhecer melhor a zona e contei-lhe desta minha vontade de comprar uma casa na Serra da Freita”, recordou. Na altura, Paulo brincou e disse-lhe que ainda ia era comprar alguma coisa em Castro Laboreiro — e foi mesmo o que aconteceu. Não só comprou uma casa, mas meia aldeia.
Quando voltou ao Parque Nacional da Peneda-Gerês para passar o Ano Novo com os primos, passou por uma aldeia chamada Varziela e viu uma casa à venda. “Liguei logo à senhora, que me disse que a compra incluía quatro currais de vacas, e eu marquei logo um dia para falarmos sobre o negócio”, disse. Juntamente com o pai e o primo, foram até à pequena aldeia desabitada e compraram a casa, mas faltava alguma coisa.
“Sempre tive aquela sensação de que a casa ficava muito longe para estar a abrir um alojamento, não justificava. A ideia era comprar mais alguma coisa, por isso começámos a dar uma volta à aldeia e vimos mais uma casa à venda”, sublinhou.
Quando ligou à imobiliária, descobriu que não estavam a vender apenas uma habitação, mas sim o Fundo da Aldeia — o nome do futuro turismo rural que vai abrir no Parque Nacional Peneda-Gerês.
Carregue na galeria para ver algumas fotografias do projeto do Fundo da Aldeia. E leia também o artigo da NiT para recordar a história da meia aldeia comprada por João Amorim.

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