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Quinta às portas do Gerês tem uma casa na árvore e as portas abertas para os animais

Situada em Arcos de Valdevez, a Quinta Lamosa também tem construções inspiradas nos espigueiros do Minho.
Fica em Arcos de Valdevez.

Em 2008, João Pedro Serôdio adquiriu um terreno em Gondoriz, localizado em Arcos de Valdevez, sem imaginar que dali surgiria uma quinta turística. Devido à sua atividade profissional, o empresário de 57 anos passava bastante tempo no estrangeiro e desejava um refúgio natural onde pudesse relaxar com a família sempre que regressava a Portugal.

“A intenção era ter apenas uma casa de fim de semana e férias, num espaço onde pudéssemos ter também a nossa horta e pomar”, confessa. Como a mulher, Carla, tem raízes em Arcos de Valdevez, escolher a localização não foi difícil.

O terreno era praticamente desabitado, tinha apenas parcelas agrícolas e uma antiga corte de animais, que o casal decidiu restaurar. Paralelamente, começaram a comprar terrenos adjacentes e a pensar num projeto de agroturismo.

A ideia de utilizar o espaço para “desenvolver algo que se integrasse na paisagem do Parque Nacional Peneda-Gerês” surgiu por volta de 2009, com o intuito de construir um “empreendimento turístico ecológico e responsável”, minimizando o impacto ambiental.

As primeiras edificações foram as casas-espigueiro, inspiradas num modelo típico das Astúrias, como forma de prestar homenagem às tradições minhotas. “Optámos por uma construção quadrada, em vez da retangular comum na região, porque isso possibilitou a habitabilidade. Assim, conseguimos integrar este elemento da paisagem do parque nacional no terreno, em harmonia com a copa das árvores”, explica o responsável.

Já a antiga corte de animais foi recuperada e transformada na Casa da Pedra. Com exceção de duas paredes em pedra no piso inferior, toda a estrutura é feita em madeira, tal como as restantes unidades de alojamento. Em 2010, com estas três casas prontas, inauguraram a Quinta Lamosa, localizada mesmo à entrada do Gerês. Ali, são todos bem-vindos, inclusive os animais de companhia dos hóspedes.

Em 2014, o casal decidiu adicionar uma nova atração: uma casa na árvore, considerada nas redes sociais “uma das mais bonitas no Gerês”. Com uma área de 80 metros quadrados, foi totalmente construída em madeira de abeto nacional, para se integrar melhor com os elementos do parque.

@aportugueseontour

visitámos no início deste ano e tivemos a sorte de apanhar uns dias super cozy, em que sabia mesmo bem estar só a descansar e com o calorzinho da lareira 🪵🌳 é um sítio lindo para recarregar energias e ouvir só o som dos passarinhos ou do riacho que passa por baixo da Casa da Árvore 🍂🌾 #portugal #travelportugal #travel #viajar #ondecomer #norteportugal #roadtrip #dicasviagem #geres #turismorural #oquefazer #viagem

♬ September – Earth, Wind & Fire

O acesso à estrutura é feito por uma ponte de madeira com cerca de cinco metros de extensão. Ao entrarem, os hóspedes encontram dois quartos, um de casal e outro com duas camas, uma casa de banho, uma cozinha completa e uma sala de estar e jantar.

A Casa da Árvore destaca-se ainda por estar elevada a dois metros do solo, permitindo que um ribeiro com uma pequena cascata passe por baixo dela. Sob a casa, ao nível do relvado do jardim privado, existe também uma área de lazer, inserida na mata de carvalhos que rodeia a propriedade.

Durante a pandemia ergueram a Casa do Celeiro, com um conceito semelhante, sendo 100 por cento construída em madeira. “Consideramos que, do ponto de vista arquitetónico, este material teria o menor impacto ambiental”, sublinha João Serôdio.

Nos dois hectares de área, os hóspedes podem ainda aproveitar para mergulhar na piscina comum de água salgada praticar canoagem no rio Vez, que se encontra mesmo ao lado da propriedade. Para João Serôdio, esta é “uma quinta no verdadeiro sentido da palavra”.

Os preços da estadia oscilam entre os 130 e os 160€ por noite, dependendo da época. As reservas podem ser feitas online.

Carregue na galeria para ver mais imagens da Quinta Lamosa, em Arcos de Valdevez.

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